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Blog da Professora Terezinha
Graduada em Pedagogia. Pós-Graduada em Educação Pré-Escolar. Pós-Graduada em Administração Escolar. Atualmente Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil e Ensino Fundamental I no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, em Lavras - MG.
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segunda-feira, 12 de maio de 2008

postheadericon Quebra Cabeça Brasil

quarta-feira, 7 de maio de 2008

postheadericon FAZENDO ARTE NA ESCOLA

As aulas de Artes continuam fazendo sucesso na escola...
















































terça-feira, 6 de maio de 2008

postheadericon O FUNDO DO MAR


Alunos do 2º Período da Educação Infantil, estudando Ciências Naturais, desenvolveram um projeto sobre O Fundo do Mar.

O objetivo foi ampliar a curiosidade das crianças, incentivá-las a levantar hipóteses e a construir conhecimentos sobre os seres vivos e sobre a relação entre o homem e a natureza.

Num trabalho interdisciplinar o projeto foi ricamente desenvolvido. E como culminância, as crianças foram para a cozinha da escola preparar alguns pratos com receitas estudadas em sala de aula a base de peixes, como: torta de sardinha, mousse de atum, torradas, os quais foram saboreados com os pais num momento cultural.

Encerrando o estudo os alunos concluíram que "o fundo do mar é de uma reiqueza e beleza enormes. Muitas espécies de todas as cores vivem por lá, em constante movimento."

Confiram algumas fotos:

segunda-feira, 5 de maio de 2008

postheadericon QUANDO O FILHO TROPEÇA NAS PALAVRAS

QUANDO O FILHO TROPEÇA NAS PALAVRAS
A mãe de um garotinho que tem quase três anos escreveu-me aflita. Ela está preocupada porque o filho, segundo ela, demorou para começar a falar e agora está gaguejando bastante. Como ela está grávida do segundo filho, pensou na possibilidade de essa ser uma maneira de ele manifestar ciúme e ter a atenção dos pais.
Vamos pensar um pouco agora sobre o comportamento de gaguejar na idade do filho de nossa leitora. Muitas crianças passam por essa fase de gaguejar perto dos três anos e superam sozinhas, meses depois, sem que seja preciso preocupar-se com isso e muito menos realizar algum tipo de intervenção. Mas, o que é uma fase passageira, provocada pela dificuldade de articulação que nessa idade as crianças têm, pode se prolongar em virtude das reações que os adultos – pais, principalmente, ou professores - manifestam.
Uma criança não gagueja porque quer: esse é um ato involuntário, por isso é difícil afirmar que seja um modo de chamar a atenção. Pode – isso sim – ser uma maneira de manifestar uma dificuldade qualquer, mas aí é preciso acompanhar de perto a criança para buscar entender essa manifestação.
Se seu filho passa por essa fase, não se mostre desconfortável quando ele gagueja e não peça para ele ter calma: quem precisa de paciência para não completar a frase ou a palavra que ele tenta dizer são os pais. Também de nada serve pedir para ele respirar e recomeçar: isso só o atrapalha.
Nessa hora os pais precisam bom senso para aguardar um pouco e só pensar em procurar ajuda profissional após, pelo menos, seis meses de manifestação do comportamento sem mudança alguma.
Rosely Sayão

postheadericon QUANDO OS FILHOS MENTEM

QUANDO OS FILHOS MENTEM.
Na semana em que se comemora o dia das mães, um presente para elas e para os pais também: uma entrevista com o professor Yves de La Taille. O trabalho dele eu já conheço pela leitura de seus livros e artigos e admiro há tempos.
O professor Yves é docente e pesquisador no Instituto de Psicologia da USP e especialista em moralidade. Os pais que tiverem interesse em aprender mais com o trabalho dele podem – e devem – consultar os seguintes livros: LIMITES: TRÊS DIMENSÕES EDUCACIONAIS – Yves de La Taille - Editora Ática. NOS LABIRINTOS DA MORAL – Mario Sergio Cortella e Yves de La Taille – Editora Papirus
Rosely Sayão: Yves, não há mãe e pai que não se defronte, mais cedo ou mais tarde, com mentiras dos filhos. O que eles devem considerar, de fato, como mentira?
Yves de La Taille: Vamos definir a mentira. Tecnicamente falando, ela consiste em dizer, intencionalmente, algo que se sabe não ser verdadeiro. A mentira se distingue, portanto, do erro e da ilusão. Vejamos agora o lado moral. A moral costuma condenar a mentira porque, quase sempre, ela corresponde a uma vontade de prejudicar outra pessoa, de privá-la de uma verdade à qual ela tem direito. Como eu disse, quase sempre a mentira traduz um problema moral, pois representa alguma violência dirigida a quem se mente. Logo, temos um tema de educação moral.
Rosely: E como os pais precisam reagir frente a essa situação, já que é um tema delicado da educação?
Yves: Em primeiro lugar, os pais devem, eles mesmos, serem exemplos de pessoas que não mentem. Ora, nem sempre é o caso, até mesmo em casa. Alguns falam abertamente em sonegar impostos – sonegação implica mentir. Outros aconselham os filhos a dizer aos professores que não ‘conseguiram’ fazer a lição de casa porque estavam passando mal, quando na verdade foi pura preguiça – é mentira deslavada! Outros ainda valorizam em alto e bom som jogadores de futebol que cavam pênaltis – outra forma de enganação. Um último exemplo: há pais – e não são raros nesse caso – que, ao invés de dizer a seus filhos que não querem participar de tal ou tal atividade com eles, lhes dizem que ‘não podem’. Ora é, mentira, e as crianças rapidamente percebem o engodo. Em resumo, se elas percebem que a mentira é vista como fazendo parte do jogo normal das relações sociais, as crianças terão a tendência em tolerá-la e, elas mesmas, empregá-la.Em segundo lugar, é preciso lembrar que a moral é, antes de qualquer coisa, uma empreitada humana para valorizar o bem. Ora, não raramente ela é apresentada apenas como algo que combate o mal. É um erro filosófico e pedagógico. Não é tanto a mentira que deve ser condenada, é a verdade que deve ser claramente valorizada. Logo, de nada adianta esperar que a criança minta para falar no valor da verdade. Tal valor deve ser apresentado antes e sempre. Moral é vacina, não remédio.Em terceiro lugar, eu diria que a firmeza dos educadores em defender os valores morais, entre os quais a verdade, é condição necessária a uma formação ética bem sucedida. Assim como a criança compreende, - bem cedo no caso – que a lei da gravidade faz os objetos inapelavelmente caírem, ela deve perceber que as leis morais têm a mesma força e consistência. Não se trata de castigar a toda hora, trata-se de nunca deixar de falar que a verdade é um bem e, logo, a mentira um mal.Em último lugar, lembraria que não há relação social pacífica e rica sem confiança mútua. Ora, a mentira quebra justamente os laços de confiança. Ela é uma via de rápido acesso à violência. É preciso explicar isto à criança. E também aos adolescentes que, por ventura e estranhamente (mas certamente em razão de um processo educacional falho) ainda não tenham tomado consciência deste fato.

postheadericon EDUCAR COM ESPERANÇA

EDUCAR COM ESPERANÇA
"Mãe, posso ir até a casa do Paulinho? Ele me chamou para jogar bola até a hora do jantar", pediu o garoto de quase dez anos. O amigo morava em frente à sua casa, e a mãe autorizou por telefone, não sem antes dar ao filho as orientações que julgou necessárias. Essa mãe agiu de modo sensato e responsável nas duas atitudes que tomou.
Ao permitir que o filho saísse de casa sozinho, mesmo para um curto trajeto nessa idade, ela o incentivava a se apropriar do espaço público e a construir autonomia para ir e vir dos lugares. Ao passar as orientações, ela realizou a tutela necessária, já que criança e adolescente ainda não costumam planejar suas ações nem tomar determinados cuidados, a não ser quando alertados. A mãe ajudou o filho, portanto, a aprender a se cuidar e a administrar a autonomia que ela o estava ajudando a construir para ver como ele responderia. Essa é a atitude mais educativa: passar responsabilidades e aguardar para ver como a criança reage.
"Não atravesse a rua fora da faixa de pedestre, não corra, não se desvie do caminho e não volte para casa depois do horário", foram as instruções da mãe antes que ele desligasse o telefone e saísse de casa -provavelmente correndo.
Ao determinar o modo como o filho deveria agir, a mãe foi cuidadosa porque forneceu ao garoto pontos de referência. Com as ordens, ela mostrou que ele deveria prestar atenção para realizar o trajeto com segurança; ao dar um limite para seu retorno, ela o responsabilizou por gerir seu tempo. Isso é educar para a construção de autonomia: ensinar o filho a se autogovernar, tutelando o necessário enquanto ele precisa.
O problema foi à forma como ela passou as orientações: partiu sempre do negativo. Esse é um cacoete comum em educação: pais e professores têm o mau costume de quase sempre considerar primeiro os erros que os mais novos podem cometer. Por que temos sempre de começar pelos problemas, pelos limites, pelos equívocos e pela ameaça de punição quando educamos? Podemos começar pela crença de que a criança procure acertar e descubra o espaço que tem para experimentar e encontrar soluções. A atitude otimista, aliás, é a única possível para quem educa.
Essa mãe poderia ter dito a mesma coisa pelo positivo: "Atravesse a rua na faixa, vá andando sempre rumo à casa do Paulinho e volte no horário combinado". Qual a diferença entre as duas formas?
A forma usada pela mãe sinaliza o que ela imaginou que o filho pudesse fazer, não é? Quando se diz a uma criança "não faça" é porque se credita a ela à vontade de fazer. Se não considero tal hipótese, qual o motivo para apontar o negativo? Acontece que nem sempre a criança apresenta a vontade que se imagina, mas, a partir do momento em que alguém aponta que ela possa ter, há grandes chances de ela realmente ter. Por isso é que o proibido é tão tentador.
Uma leitora contou que a filha, de quase dois anos, estava descobrindo a casa até que chegou à estante do pai, para quem os livros são muito importantes. Como as prateleiras chegavam até o chão, logo a menina quis pegar os livros. A mãe ajudou, explicou como manusear e finalizou dizendo: Só não pode rasgar. Pronto: logo depois, lá estava ela rasgando livros. Talvez a mãe não precisasse dar a deixa: poderia apenas ter ensinado os cuidados e, caso a filha rasgasse algum por acaso, aí sim poderia dizer que isso era algo a ser evitado.

Que tal passarmos a assinalar mais as possibilidades do que os limites quando educamos? Tal atitude demonstraria mais esperança em relação aos mais novos e talvez isso seja algo precioso para que eles percebam sua potência.
Rosely Sayão